Fundo Mar.

Minha arte se escondeu em alguma gaveta dentro da minha alma...aos poucos a gaveta está se abrindo e minha capacidade de criar, escrever, cantar, fotografar está saindo, ainda que timidamente.

Não escrevia no blog desde 2016, já estamos em 2018. Li os últimos escritos, neles eu demonstrava o sentimento de que um ciclo importante da minha vida iria iniciar...Eu estava pressentindo o que de fato aconteceu, iniciou em 2015: o ciclo do deserto, o ciclo dos lutos significativos, o ciclo do silêncio...

Hoje vivo a iminência do encerramento desse ciclo, foi um hiato necessário. O encerramento de um ciclo para o início de um novo chama-se transição e nenhuma transição é fácil. Hoje eu vivo a iminência do novo, situação muito bem representada pela música "Fundo do Mar" de Laura Morena:



"Foi de ferida em ferida que eu vi
não vale a pena cultivar carinho pela dor que eu senti
O tempo é lento, mas consegue consolar o choro e a dor
mas resta a memória que não me deixa esquecer

Mas eu sei que existe o fundo do mar
O lugar pras minhas mágoas lançar
pra perdoar, me libertar e nunca mais lembrar

São essas águas turvas que vou procurar
Quando a amargura me sondar, pois nelas
Tua graça afogou os erros meus
A Tua perfeição se estende desde o céu
Até o escuro do oceano
tornando invisível o que eu lá deixei

Me ensina a ir pro fundo do mar
o lugar pras minhas mágoas lançar, pra perdoar

Se o Eterno insiste em me redimir
que o orgulho não me venha impedir
de querer chegar ao fundo mar
o lugar pras minhas mágoas lançar
pra perdoar... pra perdoar
me libertar e nunca mais lembrar"

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