São Paulo...

Primeiro ano morando em São Paulo, 25/02/2012


Há um ano atrás estava eu voltando pra este Estado e pela primeira vez para morar na cidade mais importante e rica (em muitos aspectos) do Brasil, e uma das maiores do mundo.

Muitas eram as expectativas, na verdade nem sei se elas existiam, a única coisa que eu sabia era que estava fazendo o que era certo e saindo do Rio Grande do Sul com a magnífica frase da minha terapeuta Claudilene Sena, "qualquer caminho que você escolher, desde que não seja ilícito, Deus vai te abençoar".

Aprendi...

Que a diversidade é uma riqueza sem fim. Pessoas diferentes, vindas de culturas diferentes, jeitos diferentes, idiomas diferentes, sistemas, modas, formas, tudo isso junto num só lugar, e vivendo sem maiores problemas. Imagina que chatice se todas as flores fossem iguais e tivessem o mesmo cheiro? E se só existisse uma espécie de animal e uma de plantas? E se fôssemos todos iguaizinhos? Mesmo tipo de cabelo, mesma raça, mesmo formato de rosto, altura, mesmos gostos...ai credo! Vou parar por aqui...seria tudo muito muito chato.

Que as roupas e sapatos podem ter um preço mais baixo! Obrigada Outlet's por vocês existirem e inundarem nossa grande cidade!

Que basta cair um pingo de chuva para um engarrafamento gigantesco se formar, as vezes o único motivo é o único pingo de chuva que caiu! Daí a escolha é de cada um de tornar a vida mais estressante buzinando e querendo fazer malabarismos no trânsito, curtir uma musiquinha enquanto espera ou pegar metrô/trem, que por sinal vão para muitos lugares e numa velocidade aceitável. Falando neles...

Que não existe um sentido só para se ir a um lugar, e que as portas de metrôs/trens e ônibus não precisam estar somente de um lado do veículo e abrir somente naquele lado. Numa estação ou terminal de ônibus somente você tem vários sentidos, várias linhas, as portas se abrem ao mesmo tempo dos dois lados, e pessoas entram e saem também ao mesmo tempo dos dois lados. Por esta razão eu me perdi algumas poucas vezes e fiz o mesmo caminho também algumas poucas vezes nos metrôs.

Que ser mais flexível faz bem pra saúde.

Que ajudar outras pessoas é algo necessário. Essa foi minha primeira percepção ao chegar aqui, não sei se por sorte, mas em todos os lugares que andei percebi um espírito ajudador muito maior que de muitas cidades pequenas que conheço. Existe uma explicação...Penso eu que pelo fato de dificilmente você encontrar alguém que efetivamente seja de São Paulo, ou seja, normalmente se ouve: "vim para tentar a vida", "vim para ganhar dinheiro", "vim de transferência pela empresa", "vim para estudar", então, todos esses já passaram pelos mesmos medos, temores e pavores da cidade grande e foram ajudados por alguém, logo, por que não ajudar uma pessoa que passou pelo mesmo que eu?

Que os melhores produtos para o meu cabelo estão aqui!

Que o maior número de evangélicos também deve estar aqui, e que uma igreja com capacidade para 2.000 pessoas nem é tão grande assim.
Que, no que se refere a quantidade de pessoas as proporções aqui são sempre duplicadas ou triplicadas. No evento X na cidade Y reunimos 120.000 pessoas...No mesmo evento em São Paulo reunimos 1.200.000...isso é real!

Que o ar condicionado absorve o mau cheiro da poluição.

Que infelizmente a poluição é uma realidade e nosso organismo tem que se adaptar a ela. Quer dizer, será que se adapta mesmo? Como explicar as tantas doenças que tem surgido do "nada"?

Que vivo num mundo onde tenho que ficar feliz com a presença de delegacias e policiais bem treinados e equipados.

Que não há pecado algum depender de alguém ou pedir ajuda a alguém.

Que não existe independência, mas interdependência, o mundo vive melhor assim!

Que embora a ponta de uma pirâmide seja importante e bela, mais importante é a base.

Quem é mais importante, o Professor do Doutorado ou a Professora que alfabetizou? Novos amigos são importantes e trazem alegria, mas os velhos e bons amigos que passaram muitas vezes pelos piores momentos tem sua significância maior.

Que não se deve julgar o todo por causa de um ato isolado.

Que quanto mais subo a escada, mais devo tratar bem as pessoas, porque se um dia eu tiver que descer possivelmente vou reencontrar muitas.

Que o que exercemos nessa vida são apenas funções.

Que não é bom se comparar com outras pessoas, ou me sentirei pior ou melhor e os dois casos são ruins. Devo me comparar comigo mesma. A Ana de cinco anos atrás é a mesma de hoje?

Que família é a coisa mais linda que Deus poderia criar neste mundo. É um vínculo que chega a se tornar assustador de tão perfeito!

Que conceitos mudam, princípios não mudam!

Que milagre vem depois do ato de fé!

Que o mundo virtual não necessariamente afasta as pessoas, depende do foco! Quer dizer, tudo depende do foco!

Que faz parte da construção do caráter ouvir certos estilos musicais (que não vou citar para não causar trauma em alguns leitores) bem baixinho. Um recadinho aos queridos vizinhos e demais motoristas com possíveis problemas auditivos, eu creio.

Que uma bolsinha minúscula de guardar moedas pode custar, na liquidação, R$ 189,00 reais!

Que pessoas muito muito ricas são muitas vezes mais generosas e acessíveis que pessoas nem tão ricas assim.

Que não há pecado nenhum em presentear-se!

Que é importante guardar dinheiro.

Que realmente a Dona Sara (minha mãe) tinha razão em passar horas pesquisando preços e indo nos mercados mais em conta.

Que não existe o ponto da maturidade. Maturidade é uma constante. Todo dia se aprende e se desaprende!

Que num milagre existem dois lados. O lado de Deus e o meu, ou nosso! Regra!

E, acima de tudo, não existe emoção maior que viver literalmente nas mãos de Deus e tê-lo como único conselheiro, companheiro e amigo!

Obrigada Pai do Céu por me proporcionar tamanha experiência. Que venham mais!

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