Retratos mentais...

Navegando por aí em alguns blogs que gosto de acompanhar, como o de Carolina Costa Cavalvanti, adoro a maneira como ela escreve e consegue se expressar através da escrita, achei muito interessante ler sobre os “retratos mentais” no blog dela, até porque uma das coisas que adoro além da leitura e da escrita é a imagem, como já citei aqui no blog. Outro dia li uma citação, acho que do Max Lucado, que dizia nas entrelinhas que o interessante numa foto ou nas fotos é a comparação e reflexão do antes e depois, ou o que aquela imagem, pessoas, lugares, tornaram-se depois de um certo tempo. Enfim...

Hoje (23/01/2011), minha agenda mostrava um compromisso que acabei cancelando por motivos de força maior, aí as coisas acabaram não acontecendo como o esperado e senti o desejo, que sei que não foi fruto meu e sim de Deus, de ir ao culto pela manhã (sim, porque na cidade onde moro os cultos de domingo acontecem pela manhã, o que é muuuiiittoooo bom, porque não tem preço começar o dia com Deus e na casa dEle. Mais igrejas Adventistas do Sétimo Dia deveriam ao menos testar esta alternativa de horário de culto) na igreja onde nasci e cresci (IASD Central de Esteio), meu Deus! Quanto tempo eu não fazia isso! Quantos anos! Que experiência! E aí entram em questão os retratos mentais... Foi como se eu estivesse voltando na minha infância, na minha adolescência e início da juventude. Muitas imagens vieram na minha mente dos momentos que vivi ali com minhas irmãs e minha mãe, amigos, muitos que nem fazem mais parte da nossa família espiritual, pena!

Quanto àqueles que estavam presentes ali, como foi bom abraça-los, cantar com eles, participar de um culto interativo, kkk, a característica daquela igreja que sinto falta, como eu gosto de cultos interativos. Foi no mínimo interessante ver as crianças da época que minha mãe era Diretora do Min da Criança e eu Profi dos Adolescentes, já quase ingressando na universidade e com namorados(as), kkk, aiai meu anti-rugas! Foi ali que eu desenvolvi meus dons e talentos, foram aquelas pessoas que viam em mim muito mais daquilo que eu imaginava pra mim mesma e me incentivavam a liderar e podavam quando necessário, kkk! Todo o jovem precisa ser podado! Hoje os anciãos da minha época estão bem mais velhos, alguns já descansam no Senhor. Uma grande amiga da nossa família me levou na classe das crianças, recordei tanta tanta coisa! Aí enquanto ela me levava nesse passeio nostálgico me falava as novidades da igreja e dos membros, quem casou, se formou e recebeu chamado pra alguma campo, se mudou, começou a freqüentar a igreja, quem eram os líderes neste ano nos Ministérios, as mudanças da igreja propriamente dito, as coisas que permaneciam da mesma forma, quem estava namorando com quem, enfim... Reencontrei minha professora da primeira série, profi Arilene, e seu esposo, meu professor de matemática da quinta a oitava série, profi Rubens Chaves, eles me abraçavam muito e eu a eles, sabe aquele olhar de dever cumprido? Era isso que eu sentia cada vez que eles me olhavam! Hehe, que gracinha!

Nunca me esqueço de um conselho que o profi Rubens deu pra minha turma da sétima série, me lembro exatamente daquele dia, até do clima e da iluminação do sol na sala de aula. Ele chegou perguntando quem havia feito o tema e muitos dos meus colegas não tinham feito, e os que tinham feito fizeram pela metade, somente alguns exercícios (sinceramente, to aqui escrevendo e tentando lembrar se eu havia feito ou não o tema, hehehe, sério, não recordo em que grupo eu estava), aí ele disse assim: “Eu vou falar uma coisa pra vocês e espero que levem pra vida de vocês. Se é pra começar uma coisa, que comece e termine bem feito, se não é pra terminar, que nem comece.” Preciso explicar? Creio que não. Não me lembro da matéria, não me lembro o que aconteceu depois, mas desta frase eu me lembro até hoje. E conforme vou relembrando alguns momentos já na faculdade, ou nos últimos meses e anos da minha vida, percebo como este ensinamento guiou muitas vezes as minhas atitudes e como eu já o reproduzi pra muuuiiiitas pessoas.

Quando postei uma homenagem pra minha vó referente ao seu falecimento, comentei muito de como minha família carnal foi importante principalmente no desenvolvimento da minha fé, mas hoje eu tive a nítida certeza que as pessoas que reencontrei tiveram uma participação significativa para isso também, foi minha base, juntamente com minha família carnal. Simples assim...

Hoje o culto foi sobre a parábola de Mateus 20, “A parábola dos trabalhadores na vinha”. Já havia lido milhares de vezes estes textos, mas nunca refletido sobre eles. Comentei no blog como eu penso a respeito de que em nenhum lugar as pessoas não deveriam se achar melhores que as outras, principalmente na igreja. Devemos sim tanto na vida civil quanto na religiosa respeitar os cargos que as pessoas exercem, mas quem exerce tais cargos não deveriam se achar superiores a outros que não exercem no sentido de querer humilhar ou fazer o que bem entende. E isso também pode ser aplicado na questão do batismo, do conhecimento do evangelho, as vezes as pessoas com mais tempo de igreja podem se achar superiores àquelas que se batizaram recentemente, como se somente conhecimento do evangelho e tempo de igreja fosse garantia de salvação. Daí Jesus deixa bem claro na parábola que a recompensa será a mesma para o trabalhador mais antigo e para o trabalhador mais novo. E aí? Isso é justo? Aos olhos humanos não, mas aos olhos de Deus é. E nesses meus quase trinta anos já conclui que não é muito inteligente bater de frente com quem é maior que eu, nesse caso nada mais nada menos que o próprio Deus. Resumo da ópera, ninguém é melhor que ninguém ou alguém, hehe... Todos, independente de cargos, obras, sucesso, receberemos a mesmíssima coisa e essa é a justiça do meu Senhor.

Voltando... Vivi muitas coisas ótimas com meus irmãos daquela igreja que me prepararam para viver muitas coisas ótimas quando fui para o IAE e agora na Central de Porto Alegre. Agradeço a Deus por esses momentos que Ele proporciona e tenho que exercitar me deter mais nesses momentos felizes e altamente reflexivos!

Encerrando por completo este texto com uma música que foi uma resposta aos meus questionamentos a Deus e o motivo de eu ter ficado tão triste nos últimos dias, principalmente ontem!







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